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sábado, 25 de agosto de 2012

Exorcismo de Anneliese Michel:

Hoje vou tratar de uma história que talvez já seja conhecida por muitos, mais muito aclamada e comentada nos dias de hoje.

O fato é mais que real.

Anneliese Michel, jovem alemã, acreditava ter sido possuída por uma legião de demônios, tendo sido submetida a uma intensa série de sessões de exorcismo pelos padres Ernest Alt e Arnold Renz em 1975 e 1976.

Vida do início do tratamento psiquiátrico até o exorcismo:

Anneliese Michel nasceu em Leiblfing, no estado federal alemão da Baviera, mas foi criada com as suas três irmãs no pequeno município de Klingenberg am Main. Seus pais, Anna e Josef Michel, muito religiosos, lhe deram uma educação profundamente católica. O pai de Anneliese mantinha a família trabalhando em uma serraria. Quando tinha dezesseis anos, Anneliese sofreu uma grave convulsão e foi diagnosticada com epilepsia. Logo, ela também começou a alucinar enquanto rezava. Em 1973, ela sofria de depressão e começou a ouvir vozes dizendo que diziam que ela estava "condenada" e que iria "apodrecer no inferno".

Em 1973, Anneliese estava sofrendo de depressão e considerando o suicídio. O seu comportamento tornou-se cada vez mais bizarro. Ela andava nua pela casa, fazia suas necessidades em qualquer lugar, rasgava suas roupas, comia insetos como moscas e aranhas, carvão e chegou a lamber sua própria urina.

Depois de ser admitida em um hospital psiquiátrico a saúde de Anneliese não melhorou. Além disso, sua depressão começou a se aprofundar. Ela começou a ficar cada vez mais frustrada com a intervenção médica, que não melhorava a sua condição. Em longo termo, o tratamento médico não foi bem sucedido, seu estado, incluindo a sua depressão, agravaram-se com o tempo.Tendo centrado toda a sua vida em torno da fé católica, Anneliese começou a atribuir sua condição psiquiátrica à possessão demoníaca. Anneliese tornou-se intolerante à lugares e objetos sagrados, como crucifixos, que atribuiu à sua própria possessão demoníaca. Ao longo do curso dos ritos religiosos Anneliese sofreu muito. Foi prescrito para ela medicamentos antipsicóticos, que ela pode ou não ter parado de tomar.Em junho de 1970, Michel sofreu uma terceira convulsão no hospital psiquiátrico, neste momento foi prescrito pela primeira vez anticonvulsivantes.

O nome desta droga não é conhecido e não trouxe alívio imediato aos sintomas de Michel. Ela continuou falando sobre o que ela chamou de "faces do diabo", visto por ela durante vários momentos do dia.

Michel ficou convencida de que a medicina convencional era de nenhuma ajuda. Acreditando cada vez mais que sua doença era de um tipo distúrbio espiritual, ela recorreu à Igreja para executar um exorcismo nela.

Naquele mesmo mês, lhe foi prescrita uma outra droga, Aolept (pericyazine), que é uma fenotiazina com propriedades gerais semelhantes às da clorpromazina: pericyazine é usado no tratamento de psicoses diversas, incluindo esquizofrenia e distúrbios de comportamento.

Em novembro de 1973, Michel iniciou o tratamento com Tegretol (carbamazepina), que é uma droga antiepiléptica . Michel tomou o medicamento com frequência, até pouco antes de sua morte.

Uma vez convencidos de sua possessão, Anneliese, seus pais e os exorcistas pararam de procurar tratamento médico e colocoram seu destino nas mãos apenas dos ritos de exorcismo.

Sessenta e sete sessões de exorcismo, uma ou duas por semanas, com duração de até quatro horas, foram realizadas durante cerca de 10 meses em 1975 e 1976. A pedido da própria Anneliese, os médicos não estavam mais sendo consultados.

Em 1 de julho de 1976, Anneliese morreu durante o sono. O relatório da autópsia indicou a causa da morte foi desnutrição e desidratação de quase um ano de semi-inanição, enquanto os ritos de exorcismo eram realizadas.

A Virgem Maria e Anneliese:

Durante o período em que esteve submetida ao exorcismo, onde continuava tomando os medicamentos, Anneliese relatou um sonho, onde teria se encontrado com a Virgem Maria, e que ela lhe teria proposto duas escolhas para a sua condição: ou ser liberada logo do jugo dos demônios ou continuar o seu martírio para que todos soubessem que o mundo espiritual e ação dos demônios no mundo existem de fato. Anneliese teria escolhido a segunda opção.

Segundo entendimento do ensaísta Elbson do Carmo, em seu artigo, no Universo Católico:

"Aneliesse optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso."

Julgamento:

Logo após o falecimento de Anneliese, os padres Ernest Alt e Arnold Renz fizeram o comunicado do óbito às autoridades locais que, imediatamente, abriram inquérito e procederam às investigações preliminares.

Os promotores públicos responsabilizaram os dois padres e os pais de Anneliese de homicídio causado por negligência médica. O bispo Josef Stangl, embora tivesse dado a autorização para o exorcismo, não foi indiciado pela promotoria em virtude de sua idade avançada e seu estado de saúde debilitado, vindo a falecer em 1979. Josef Stangl foi quem consagrou bispo o padre Joseph Ratzinger, que no futuro se tornaria o Papa Bento XVI.

O julgamento do processo, que passou a ser denominado como o Caso Klingenberg (em alemão: Fall Klingenberg), iniciou-se em 30 de março de 1978 e despertou grande interesse da opinião pública alemã. Perante o tribunal, os médicos afirmaram que a jovem não estava possuída, muito embora o Dr. Richard Roth, ao qual foi solicitado auxílio médico pelo padre Ernest Alt, teria feito a afirmação à época que não havia medicação eficaz contra a ação de forças demoníacas.

Os médicos psiquiatras, que prestaram depoimento, afirmaram que os padres tinham incorrido inadvertidamente em "indução doutrinária" em razão dos ritos, o que havia reforçado o estado psicótico da jovem, e que, se ela tivesse sido encaminhada ao hospital e forçada a se alimentar, o seu falecimento não teria ocorrido.

A defesa judicial dos padres foi feita por advogados contratados pela Igreja. A defesa dos pais de Anneliese argumentou que o exorcismo tinha sido ato lícito e que a Constituição Alemã protege os seus cidadãos no exercício irrestrito de suas crenças religiosas.

A defesa também recorreu ao conteúdo das fitas gravadas durante as sessões de exorcismo, que foram apresentadas ao tribunal de justiça, onde, por diversas vezes, as vozes e os diálogos muitas vezes perturbadores dos supostos demônios eram perfeitamente audíveis.

Em uma das fitas é possível discernir vozes masculinas de dois supostos demônios discutindo entre si qual deles teria de deixar primeiro o corpo de Anneliese. Ambos os padres demonstraram profunda convicção de que ela estava verdadeiramente possessa e que teria sido finalmente libertada pelo exorcismo, um pouco antes da sua morte.

Ao fim do processo, os pais de Anneliese e os dois padres foram considerados culpados de negligência médica e foi determinada uma sentença de seis meses com liberdade condicional sob fiança.

Exumação:

Antes do início do processo, os pais de Anneliese solicitaram às autoridades locais uma permissão para exumar os restos mortais de sua filha. Eles fizeram esta solicitação em virtude de terem recebido uma mensagem de uma freira carmelita do distrito de Allgaeu, no sudoeste da Baviera. A freira relatou aos pais da jovem que teria tido uma visão na qual o corpo de Anneliese ainda estaria intacto ou incorrupto e que esta seria a prova definitiva do caráter sobrenatural dos fatos ocorridos. O motivo oficial que foi dado às autoridades foi o de que Annieliese tinha sido sepultada às pressas em um sarcófago precário.

Os relatórios oficiais, entretanto, divulgaram a informação que o corpo já estava em avançado estado de decomposição. As fotos que foram tiradas durante a exumação jamais foram divulgadas. Várias pessoas chegaram a especular que os exumadores moveram o corpo de Anneliese do antigo sarcófago para o novo, feito de carvalho, segurando-o pelas mãos e pernas, o que seria um indício de que o corpo não estaria na realidade muito decomposto.

Os pais e os padres exorcistas foram desencorajados a ver os restos mortais de Anneliese. O padre Arnold Renz mais tarde afirmou que teria sido inclusive advertido a não entrar no mortuário.

Críticas:

Céticas:

Na atualidade, o uso das técnicas de exorcismo divide a opinião pública mundial entre religiosos e céticos, como podemos constatar no artigo de Palmira Silva, colaboradora lusa no Diário Ateísta, no qual critica a interpretação adotada pelo filme norte-americano O Exorcismo de Emily Rose:

"Por todo o mundo, mesmo o primeiro mundo, assistimos a uma regressão medieval preocupante a crendices inesperadas numa altura em que os avanços científicos desmistificaram e esclareceram as razões biológicas e psíquicas dos comportamentos identificados como possessões demoníacas na época em que a Inquisição mandava para a fogueira bruxas e hereges."

Posteriormente uma comissão da Conferência dos Bispos Alemães declarou que Anneliese Michel não tinha estado possessa, o que foi considerado por muitos como um ato de autopreservação da Igreja Católica.

Crítica Espírita:

Segundo a concepção existente na Doutrina Espírita, o que ocorreu com Anneliese Michel teria sido muito provavelmente uma subjugação espiritual realizada por entidades extra-físicas devotadas à prática do mal. Para melhor compreensão de como o Espiritismo entende o caso de Anneliese e para se ter acesso a um exame crítico dos acontecimentos em concordância com este conceito, que possui diferenças consideráveis em relação ao de possessão demoníaca no que concerne aos aspectos causais do fenômeno, vide o artigo Obsessão.

Som real do exorcismo:

Fontes: Pt.wikipedia.org & YouTube.com

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